quinta-feira, 22 de outubro de 2015

Minorias, Vitimismo e Fraternidade.

De acordo com meus cálculos, 85% das pessoas pertencem a algum tipo de minoria e a maioria das pessoas que oprimem as minorias também pertencem a algum outro tipo de minoria, em alguns casos o opressor pertence a algum tipo de minoria ainda mais minoritária que o oprimido.
Se cada classe lutar por si mesma o resultado será com que minorias maiores conseguirão resultados muito mais significativos; por exemplo, as mulheres são uma minoria muito mais forte do que os deficientes físicos, porém a classe dos deficientes físicos tem questões visivelmente mais urgentes, tanto que eu nunca conheci uma mulher deficiente que estivesse mais preocupada com o machismo do que com a acessibilidade, porém do jeito que as coisas caminham, a classe "mulher" conquistará muito mais avanços do que a classe dos "deficientes físicos" , se cada um lutar pela sua própria classe só as minorias mais poderosas se sairão bem. Acho digno que cesse a hipocrisia, ou admitimos que somos adeptos da lei do mais forte e aceitamos quando os mais fortes nos oprimem, ou lutamos pela fraternidade irrestrita, por todas as minorias, em uma só frente, oque eu acho condenável é querer viver pela lei do mais forte e depois vir se fazer de coitadinho, se fazer de oprimido. Quem não é solidário ao outro não tem moral pra reclamar da falta de solidariedade alheia. O homem negro machista e a mulher branca racista se discriminam, quem é a vítima? Ninguém. Ninguém é vítima quando engole do seu próprio veneno, só podemos exigir fraternidade conforme damos fraternidade, o resto é vitimismo, é gente que não merece espaço ou protagonismo nenhum. Foram justamente as pessoas que lutavam por si mesmas que construíram o mundo desigual no qual vivemos, quem quiser reclamar dele precisa mostrar uma outra atitude, prefiro dar voz a alguém que é comprometido com o bem coletivo do que dar voz pralgum militante mimado que só olha pro próprio umbigo e contamina o ouvinte com sua hipocrisia egoísta.